Sonho todo dia...
Um sonho que, de dia...
Acorda, noite e dia...
É agonia de passagem...
É dado de garagem...
De entulho, uma viagem...
Acordo todo dia...
Achando a noite uma passagem...
O diamante, a amante em dias...
Acordo e o Sol acorda...
Ancora em mim sua rebeldia...
A flor é chuva de cor...
É pétala e suor...
Grisalha...
Vermelha e sem amor...
Desamor e espinho...
Eu caminhava todo dia...
Sentia a brisa me tocar...
Mas me entendi num sonho insosso...
Desviei o meu olhar...
Sangrei como quem sangra em dia de luar...
Arrepiava-me, só de pensar...
Que olhos negros me tomaram?
Atiraram do alto de um arranha-céu...
A cor mais amarga e insalubre.
Agora, caminho toda noite...
Num vasto império medieval...
Entre árvores, folhas, vendaval...
Num mundo de passagem...
Onde o eterno animal...
Fala alto...
Grita algo...
Inaceitável aos débeis ignotos...
Inacessível, ao insano vivo-morto.
Caminho, sim, toda noite...
Desejas passear no insondável?
Saia em si...
Passeie na noite calamitosa...
Das amarras que libertam da vida cotidiana...
Do ventre amargo e mentiroso...
De uma falsa mãe, de regras fugidias...
De tentativas frustradas...
De falta de domínio disfarçada...
Na melancolia de se mergulhar,
Em águas turvas e encontrar...
Aquilo que escondes de mais profundo...
Onde nem mesmo você é capaz de encarar...
De onde, só sai quem de um pesadelo acordar...
Um sonho que, de dia...
Acorda, noite e dia...
É agonia de passagem...
É dado de garagem...
De entulho, uma viagem...
Acordo todo dia...
Achando a noite uma passagem...
O diamante, a amante em dias...
Acordo e o Sol acorda...
Ancora em mim sua rebeldia...
A flor é chuva de cor...
É pétala e suor...
Grisalha...
Vermelha e sem amor...
Desamor e espinho...
Eu caminhava todo dia...
Sentia a brisa me tocar...
Mas me entendi num sonho insosso...
Desviei o meu olhar...
Sangrei como quem sangra em dia de luar...
Arrepiava-me, só de pensar...
Que olhos negros me tomaram?
Atiraram do alto de um arranha-céu...
A cor mais amarga e insalubre.
Agora, caminho toda noite...
Num vasto império medieval...
Entre árvores, folhas, vendaval...
Num mundo de passagem...
Onde o eterno animal...
Fala alto...
Grita algo...
Inaceitável aos débeis ignotos...
Inacessível, ao insano vivo-morto.
Caminho, sim, toda noite...
Desejas passear no insondável?
Saia em si...
Passeie na noite calamitosa...
Das amarras que libertam da vida cotidiana...
Do ventre amargo e mentiroso...
De uma falsa mãe, de regras fugidias...
De tentativas frustradas...
De falta de domínio disfarçada...
Na melancolia de se mergulhar,
Em águas turvas e encontrar...
Aquilo que escondes de mais profundo...
Onde nem mesmo você é capaz de encarar...
De onde, só sai quem de um pesadelo acordar...