quarta-feira, janeiro 26, 2005

A solidão

É incrível como estar só independe de ter ou não pessoas ao seu redor...
Estou só agora...
Preciso deste momento, sou mais sincero comigo, sou mais real...
Isso não é dor, é reflexão, é se entender.
É o caos e a serenidade, é o belo e o horrendo convivendo juntos...
Indissociáveis, indivisíveis.
É ser fútil, mesquinho, deplorável, subterrâneo...
E ainda ser motivo de louvor!
Essa é a solidão...
A minha solidão.

domingo, janeiro 23, 2005

Minha Força

O sol continua a arder.
Sem tréguas...
Gosto dessa força!

Claro, podem até entendê-la como uma forca...
Entretanto, a mim não foi dado esse entender.
Gosto dessa força porque é a força dos meus!

É a força que luta noite e dia, sem tréguas...
Corre sim, nas veias, a força Nordestina.
A luta da vida pela vida...

Ali encontramos as marcas que traduzem todo o País...
Ali é projetada a dor e as vitórias...
A luta da vida pela vida...

Só não compreendo a humana desumanidade...
E não e me refiro à desumanidade humana!
Corre em mim, não só a força Nordestina...
Agora, correm lágrimas...
Lágrimas de desalento, frustração...

Ó, meu Deus! Esse Brasil Nordestino ensina tanto!
Ah, meu Deus! E o outro Brasil aprende tão pouco...
E a humana desumanidade desumaniza os seres humanos...
Escraviza, aliena, faz muitos arrastarem-se em seus próprios vômitos...
Transformam-lhes em cães, moldam-lhes espíritos caninos...
E almas de vermes...

Mas meu povo continua a caminhada...
Reza, chora, dança, canta...
Meu Nordeste é maior que meu Brasil!
Minha Nordestinidade!

Minha força está no coração...
Está nos olhos cansados, mas não derrotados...
Está no baião e no arrasta pé!
Está nos oasis de cada Sertão!