sábado, novembro 08, 2008

Tirinhas...




























Hummm... Como a TV é legal!

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quinta-feira, novembro 06, 2008

A Presteza



Ainda ouço os sons daquelas palavras...
Ainda, a dor da lavra...
Das larvas...
Enervas, energia e enojo!

Olhar para o outro e apontar é fácil...
Despontar de si para si é que é difícil...
Edifício auspicioso...
"Perigoso", por vezes pensamos.

Gostamos da massagem no ego...
Como a massa, já falada aqui...
É uma traça que destrói livros raros...
Livros caros que liquidam-se

É esta poesia que nada fala...
Para os ouvidos doentes...
Para corpos doentes...
Olhos doentes..
Surto!

Rio...
Sorrio...
Como o rio...
A corrente de águas
A torrente que deságua e sacode

Explode...
Implodo...
Presteza...
Destreza...
Coopero...
Espero...

A impensável beleza!
A doce voz...
Abarca...
Acaba...
Aca..
Ba!

quarta-feira, novembro 05, 2008

Águas Revoltas



Hoje o mar em mim se agita...
Vem, lá, uma tempestade infinda...
Ontem, a arte se realizou em mim...
Hoje, vejo o caos tomando conta...

Um ódio imenso a tudo que respira
Manifesta-se...
No que chamam de cultura,
Chamo de massa!
De manobra!

Dizem que "arrocha" é música...
Me parece mais uma pedra...
No sapato...
De quem está anestesiado
E não a percebe!

Dizem que há arte entre a massa...
Há desordem programada...
Pela novela de mais cedo...
Pelo nada que aniquila...
Pela dose de medo introjetado!

Dizem que aquilo é cultura...
Entendo cultura como virtude do espírito humano...
Em que mente sã "arrocha" é virtude?
Em que aquilo é alcançar altura?

Esta insanidade é desejo de morte!
"Faustão" aos domingos é incentivo para suicídio!
"Arrocha" é ritual do vício...
É dança de acasalamento!
É volta ao primitivismo!

"Gugu" aos domingos é vontade de nada ser!
Novelas na "Globo" é desejo de morrer!
Sumir do mapa!
Por que a vida é dura demais...
Para estas almas desajeitadas!
Para estas fezes ambulantes!
Para estes corpos insandecidos!

Não há mais o brilho de ser o que se é...
Não há mais a atitude de segurar-se em si...
Deus morreu e muitos se apegam aos restos mortais do tal...
Matamos, todos...
E os fracos se apóiam nesse vazio de existência...

A arte há de prevalecer...
O som do mar deve nos nortear...
A poesia há de se eternizar...
Ou nossa alma vira poesia,
Ou morreremos afixiados
Pelo gás que exala dos corpos em putrefação...

segunda-feira, novembro 03, 2008

A Arte pela Arte sobressaiu!

O Teatro Mágico
Novidades sem fim têm chegado a mim. Conheci uma linda garota que me surpreendeu. Ela me apresentou um grupo musical chamado O Teatro Mágico (clique aqui para baixar). Aconselho que aqueles que ainda não o conhece e que aprecia boa música que trata a arte como sublimidade do espírito humano, conheça. Vai uma mostra da capacidade poética desta turma!
Criador
Antes que o tempo,
a Clave de Fá, Dó, Si, Lá, Sóis
Antes da noite, uma tarde
Pra cada um de nós
Antes do barco, a chuva
Antes da roda, o frio
Antes do vinho, a uva
E a fruta que não caiu
Antes do homem, o medo
Antes do medo, amor
Antes do amor, a dúvida
Pois nem Deus sabe quem me criou
Fez Madalena e os campos
O vento pra nos soprar
Disse na língua dos anjos
Sentido de ser estar
Fez dessa Terra um cenário
Pras peças que nos pregaram
Fez bico de pena em diário
Pra escrevermos a regra exceção
Criou o perdão e o pecado
Criou a dor e o prazer
Criamos o certo e o errado
E o orgulho pra nos esconder
Daquilo que somos nós...
Aquilo que fomos,
aquilo que somos nós
E tudo que eu criar pra mim
Vai me abraçar de novo na semana que vem
E tudo que eu criar pra mim
Vai me abraçar de novo na semana que vem
Na semana que vem
Antes que o tempo, a clave
Sustenidos e bemóis
Antes do inteiro, a metade
Uma outra parte de nós
Antes do vôo, o tombo luta pra não chorar
Antes tarde do que nunca, pra nunca mais demorar
Pra dilatarmos a alma temos que nos desfazer
Para nos tornarmos imortais, a gente tem que aprender a morrer
Com aquilo que somos nós...
E tudo que eu criar pra mim
Vai me abraçar de novo na semana que vem
E tudo que eu criar pra mim
Vai me abraçar de novo na semana que vem
Na semana que vem
Antes que o tempo acabe...

domingo, novembro 02, 2008

Uma Criança


Sinto-me assim...
E ela vê...
É uma criança presa...
Uma presa da ânsia...
Uma vontade amarga de voltar...
Um amar que volta...

Da janela, eu olho aquela face...
Entre grades, já, nela, meus olhos estão...
Desde grande aprendi a ver...
Aquele verde dos olhos dela...
Que consomem o mar de mim...

Sinto a sobra da ansiedade...
À sombra, sobriedade...
Sobre aquela velha idade...
Que, de tenra, vinha ser cidade...
Vingou a necessidade...
Sociedade!

Saciedade a dois!
Sacio a idade que erra desde longe...
O desejo desde mim que desce do monte...
Sócio do ócio sem-fim...
Começo a falar de mim...
Como lar de... alarde insano...

In sana e tarde...
Depois de sangue esparramar...
Como a rama, amar...
No mar em chamas...
Chama a mim...
Ó, deusa!

Derrama e chama...
Que em força d'alma
Me dou... dôo...
A alma..
E acalma...
Enfim...
O mar em mim...