quarta-feira, outubro 20, 2010

Cavaleiro de Guerra



Sob o Sol ardente...
A poeira incandescente...
Sopra o vento da luta e batalha...
São eloquentes tempos de guerra...
Abasteçam os olhares em sangue e carnificina!
Banhem-se das cores mortas e sangue vivo!

As trompas e trompetes se acordaram...
Definiram-se para reluzir o brilho prateado das espadas...
A respiração ofegante ante o caos de vento e poeira...
Os olhares da dama preferida que o acalma...
E o sorriso doce daquela que ele ama...

Correm os guerreiros em face da morte...
Agitam-se as arenas de vozes e trovões...
Há raios que cobrem os ares quando as espadas se cruzam...

Uma voz...
Apenas uma voz...
Naquele turbilhão de insanidade acalorada...
Fez-se ouvir pelo cavaleiro de guerra...
Aquela voz...
Doce...
Delicada...

A força se duplicou naquela fisiologia, já, de guerra...
A respiração e a postura que se vê são a vitória adiantada...
Quando em verdade, em riste, está a espada...

Agarra os sons e os olhares...
Daquele que luta por um amor...
Tem sangue, tem guerra, tem luta, tem suor cavalgando em um coração...
Arranca da alma o valor da indignação...
Pois amar é doar, é ser tudo para si e, de si, tudo para quem se ama...

Vê, pois, a sorte que se assujeita...
Volta e preenche o amante lutador...
De força, espada e agressão...
Provoca morte ao opositor...

Eles lutam pela vida...
Ele luta por ela...
Ela o vê e suspira, tensa, junto ao seu lenço...
Uma lágrima lhe sobrevém ao imaginá-lo caído ao chão...
Aperta-lhe forte no peito, a angústia com sua potente mão...

Mas ele tem nos olhos o golpe sobre seu adversário...
Os dentes rangem ante a força aplicada...
Na mente, seu objetivo maior...
Viver nos braços de sua amada...

Eis o cavaleiro de guerra...
Dominado pelo doce sorriso de uma guria...
Toda aquela força agressiva...
Amaciada pelo toque sincero e meigo de uma menina...
A mulher...
Aquela que de doce força domina...
Domina o guerreiro da vida, que luta contra a morte...
Todo santo dia.