Um espírito livre...
Que bate asas até o infinito...
Que acalma as águas...
Sopra o granito...
Dá cores às rochas, lavas incandecentes que cristalizaram...
O vulcão se aproxima do explodir.
Um cheiro forte de enxofre cobre a mata.
A cidade se ressente...
Dizem ser a ira dos deuses...
Um vulcão que fala.
Nada compreendi...
O espírito livre voava...
Olhava do alto da plataforma invisível...
Olhava abaixo de si.
Os moradores em polvorosa,
Cantavam hinos ao nada...
Hinos, indo... vindo...
Corriam uns, transavam outros...
Rezavam ainda outros.
Dei pouca atenção...
O espírito observava somente uma procissão...
De lindas mulheres vestidas de pano de chão...
Rasgavam-se vestes, arrastavam-se loucamente...
Doía, meu coração...
Já não entendia o que estava eu a fazer ali...
Um livre espírito me tomou...
Sou eu, quem sou?
Voava sem parar...
Escutava sem escutar...
A vida mostrou percalços a superar...
Arrancou-me um verso sem poetizar...
Amei, sem amar...
Sofri mas acordei...
Adormeci no ficar.
Nada de palavras...
Lógica alguma utilizei...
Alma imersa num corpo...
Materializar.
Executar o impossível... voar.
Ganhar o já perdido...
Abandonar a si e deixar-se cair...
No abismo...
E voar.
Deixar o vento arrastar...
Dar liberdade ao espírito incandescente...
Ao vulcão da língua ardente...
Da boca que fala o que sente...
Do viver que exala afeição...
Ainda que o medo o arraste pelo chão...
E voa, sem medo de olhar...
A real realidade...
O brilho, a esperança...
O luar...
Luz que em meio à noite esclarece
As verdades dolorosas de uma vida.
Que bate asas até o infinito...
Que acalma as águas...
Sopra o granito...
Dá cores às rochas, lavas incandecentes que cristalizaram...
O vulcão se aproxima do explodir.
Um cheiro forte de enxofre cobre a mata.
A cidade se ressente...
Dizem ser a ira dos deuses...
Um vulcão que fala.
Nada compreendi...
O espírito livre voava...
Olhava do alto da plataforma invisível...
Olhava abaixo de si.
Os moradores em polvorosa,
Cantavam hinos ao nada...
Hinos, indo... vindo...
Corriam uns, transavam outros...
Rezavam ainda outros.
Dei pouca atenção...
O espírito observava somente uma procissão...
De lindas mulheres vestidas de pano de chão...
Rasgavam-se vestes, arrastavam-se loucamente...
Doía, meu coração...
Já não entendia o que estava eu a fazer ali...
Um livre espírito me tomou...
Sou eu, quem sou?
Voava sem parar...
Escutava sem escutar...
A vida mostrou percalços a superar...
Arrancou-me um verso sem poetizar...
Amei, sem amar...
Sofri mas acordei...
Adormeci no ficar.
Nada de palavras...
Lógica alguma utilizei...
Alma imersa num corpo...
Materializar.
Executar o impossível... voar.
Ganhar o já perdido...
Abandonar a si e deixar-se cair...
No abismo...
E voar.
Deixar o vento arrastar...
Dar liberdade ao espírito incandescente...
Ao vulcão da língua ardente...
Da boca que fala o que sente...
Do viver que exala afeição...
Ainda que o medo o arraste pelo chão...
E voa, sem medo de olhar...
A real realidade...
O brilho, a esperança...
O luar...
Luz que em meio à noite esclarece
As verdades dolorosas de uma vida.