Sou muito egoísta para dividir minhas derrotas com o Diabo...
Sou insano e introspectivo ao ponto de suicidar, meu ego...
E depois fazê-lo ressuscitar em dó da perda de mim...
Meu amor por mim é paixão severa e incapaz de soltar os laços...
Nem posso chamar de amor, é dor apaixonada de um fraco por um forte em ilusão...
Nem sou eu mesmo, é só uma parte exemplar...
O exemplo que nunca deveria ser seguido...
Meu egoísmo é ismo de toda hora...
É doença capaz de capar, castrar qualquer ação vociferante...
Qualquer queixa inebriante de voz feminina que clama em chama e pega fogo...
É aquela voz que é nada, mas que se insiste em ser algo...
Sou muito egoísta para conceber deuses em meus atos...
Sou eu mesmo, de ego e de vozes esquizofrênicas em plena neurose...
Insandescências sadias em meio à psicose social...
Um igual...
Um sadio?
A igualdade da psicose social...
Não, um doente.
Isto mesmo, um doente é o que sou!
Um doente que segue; como o cordeirinho segue o seu pastor...
Isto, sigo a doença social...
As ilusões adotadas socialmente...
As religiões, as drogas, as novelas, os futebóis...
Isto mesmo! Sou mais um do mesmo...
Um igual e diferente... mas igual...
Sou isto, sou aquilo e aquiloutro acolá...
Vario, desvaneço em fuligem...
A fumaça do cachimbo...
(“liberem já!”)
Ou me arrepio em sorrisos...
(quando a novela irá começar?)
Ah, esse eu que não sou!
É parte inerente ao onde não estou...
É parte, partida, corrida...
Me despeço e vou...
Não eu, mas Eu...
Vai embora, ó insânia!
Morre, desgraçado agressor!
Fingido de uma figa!
Sou mais que a dor...
Vou voar, bater asas desse lugar...
Subir para mais alto, de onde eu possa ver...
Você, lá embaixo...
Procurando por mim...
Enfim, vou ficar mais para cá...
Deixar você seguir...
Ao nada e se desfazer...
Voltar de onde saiu...
Tomarei estas rédeas!
O sucesso é o meu lugar!
Boa sorte, em tua sorte errante para o nada voltar.