Quem escreve é minha angústia...
Minha solidão chorosa...
Meu aperto no peito...
Nó na garganta...
As mãos são linhas tênues...
Composição inerte...
Imposta à tela...
Arrancada de dentro p'ra fora em força agressiva...
Luz de fim de túnel...
O som é nordestino...
Rabeca e zabumba...
É sertão seco, inagualável...
Respiração fugidia...
Tosco sentimento indecifrável...
Quem sofre sou eu...
Um coração frente ao calmo mar...
Quem se expressa é a angústia...
A força indizível do sofrer...
A distância...
O rasgo em mente observada de cant'olhos...
Quem escreve é a ira...
O insano inseparável que luta em se desvencilhar...
A força irrevogável...
A ânsia de poder estar...
A vírgula pronta para pausar...
O ponto, para finalizar...
Há liberdade...
Tempos idos que à frente está...
Sorte de desejo aconchegado no peito quente...
Esperançoso...
Que espera, enfim...
Quem escreve é a ordem...
Intenta se caotizar...
Caos inverso em verso introjetado...
Quem escreve é o nada...
O desespero mais esperado...
O que nada diz...
Que tem tudo a dizer...
Pois é nada e como tal, tudo mostrará...
Incendiará a boca insossa...
Com palavras de fogo e clarão reluzente...
O seco caos interno...
O fogo em água faltante...
O asno em relincho salgado...
Patas em coice a se preparar...
Bocas em chamas a se tocar...
Escreve isso aí...
Esse tudo e nada paradoxal...
Quem escreve é o já escrito...
Mera repetição de palavras ôcas e descritas pomposamente...
Eu nunca escrevi...
São as letras, repito, que se escrevem a si próprias.
Quem escreve é a ira...
O insano inseparável que luta em se desvencilhar...
A força irrevogável...
A ânsia de poder estar...
A vírgula pronta para pausar...
O ponto, para finalizar...
Há liberdade...
Tempos idos que à frente está...
Sorte de desejo aconchegado no peito quente...
Esperançoso...
Que espera, enfim...
Quem escreve é a ordem...
Intenta se caotizar...
Caos inverso em verso introjetado...
Quem escreve é o nada...
O desespero mais esperado...
O que nada diz...
Que tem tudo a dizer...
Pois é nada e como tal, tudo mostrará...
Incendiará a boca insossa...
Com palavras de fogo e clarão reluzente...
O seco caos interno...
O fogo em água faltante...
O asno em relincho salgado...
Patas em coice a se preparar...
Bocas em chamas a se tocar...
Escreve isso aí...
Esse tudo e nada paradoxal...
Quem escreve é o já escrito...
Mera repetição de palavras ôcas e descritas pomposamente...
Eu nunca escrevi...
São as letras, repito, que se escrevem a si próprias.