quarta-feira, dezembro 23, 2009

Feliz Matal, pôu, pôu, pôu, pôu!


Bem, às vezes é um imenso prazer ser um estraga-prazeres... (risos) Vamos aos fatos, como diria um amigo blogueiro... Natal é palavra de mesma origem que nascer, natural, etc. no sentido de origem. Na verdade, essa é a forma como a história da língua (que tem sempre a ver com a história da força política e econômica de um povo, país ou nação...) forçou as significações. Em verdade, o que ocorreu foi algo muito mais interessante (para não dizer macabro). Primeiro, por que comemoramos o natal no dia 25 de dezembro? Ora, porque Jesus nasceu neste dia! Tens certeza? Na verdade, o dia foi escolhido aleatoriamente... (outra mentira!) O dia foi escolhido para matar a cultura celta (que insistem ainda em chamar de pagã...) que neste dia comemora a morte do Deus (representado pelo Sol) que renasce na primavera, próxima estação depois do inverno. Outra coisa: por que usamos bolinhas na árvore de natal? (Essa é a que eu mais gosto) As bolinhas são a representação do momento em que supostamente o menino Jesus estava sendo perseguido por Herodes, quando este mandou matar todas as crianças abaixo de 2 anos... lembra? Pois é, as bolinhas são as cabeças das crianças dependuradas nos galhos dos pinhos. Calma que ainda tem mais. Essa eu também gosto: diz aí, por que a roupa do papai noel é vermelha? É a mesma lógica. Gente de poder que mata a cultura alheia. A empresa coca-cola pegou um duende da cultura celta (que era verde) e o vestiu de vermelho, por razões óbvias, não é?

Agora, que estamos todos sabendo o que estamos comemorando, vamos lotar as lojas e comprar muito, já que só podemos ser humanos se comprarmos. Vamos presentear os nossos familiares que tanto amamos... Ops, outra mentira! Na verdade, estamos presenteando os banqueiros que adoram dinheiro e que são a raíz do sistema monetário nosso.

Feliz Matal!!
Desculpe, errei...
Feliz Mortal!
Nossa, outra vez...
Feliz Nopau!
Eita, que falha...
Feliz Na... Na...
Tal de... (fica a cargo de
quem quiser)

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Da Cobiça e Do Amor


Insiste.
Aqueles passos trôpegos...
Persiste em aprimorar...
O inapropriado método de amar...

Sustenta-se buscando ar...
São ares de poder o que não pode.
É a busca incessante.
Não pára.
Não seria, se fosse para...

Mas é sempre para si...
Cobiça-se sempre para si...
E para-si é sempre eu-puro...
Amar é cobiçar...
Cobiçar um eu-puro.

Cambaleia, mais uma vez...
Como em duzentas doses...
Mais algumas mortíferas de veneno azul...
Tropeça.
Olha, absorto...
Persiste.

Vai, ó caminhante!
Corre para lugar algum...
Queres amar somente a ti!
Mas insistes em teimar!
"Quero um amor p'ra mim..."
Acorda!
Teu amor é você!
Age, pois, assim!

Sai da vida-morte...
Atrai a boa sorte!
Traia a qualquer um...
Menos a si!
Mendinga de si próprio amor...
É amor-próprio mesmo...
Narciso volta à casa!

Amor perfeito...
Identidade não submissa.
Auto-suficiência!
Vais, segue ao longe...
Busca intermitentemente um fim...
Qual um pulso...
Que descambará sempre em ti!

[...cobiça e ama...]

A Hora


São 02:12h...
Abro os olhos no vazio da escuridão...
Desço degraus eternos...
Abarco sentidos diversos...
Sinto um vento frio a perpassar a alma...

Em vazio caminho...
Cão meu, late...
Espalha e parte...
Assusta o coração aqui...
Observo degraus passarem...

A nota que canta é ôca...
Anota, encanta, canto...
São sons tinindo em mim...
Os sinos traindo, enfim...
Sonos e somos num eu...

Cai o leite...
Gato que lambe e mia...
A geladeira é fria...
A madrugada persiste...
Água gelada...
Espia...

São 02:12h...
É sonho em terno som...
O sono sobrevém...
Sem sombra assombro o que vem...
Em sinos sons e saltos...
Caio do alto...
Acordo.

O percepto encantador...
É que percebo-me num flutuar...
Acordo?
Posso até estar de acordo...
Mas em quem confiar?
Personagens sobrevém...
No escuro profundo vazio...
Vôo.

Olho ao fundo, no nada...
Observo os olhos em frente à escada...
Degraus abaixo são degraus acima...
Subo, enquanto desço...
Flutuo sem parar...
Duvido sem tentar ao menos acreditar...
Creio em tudo, pois é nada...

E sono sonho...
Então, corro e espalho...
Saio do lugar...
Corro sem mesmo movimentar...
Agarro-me ao ar...
Salto no mar...
Vôo.

São 02:12h.