segunda-feira, dezembro 08, 2008

Poesia e Morte



Sinto a dor do morrer...
O sofrer...
A morte!
O fim e o começo...
A sorte que a todos abarca...
Do começo ao fim...
Triste fim esse de morrer!
(Você também acha?)
Pobre de mim...
Que morre a cada dia...
Que sofre a cada milésimo de segundo...
A cada minuto qualquer...
Quando se morre um dos nossos...
(E isso me aconteceu a pouco tempo...)
Sentimos um sabor amargo debaixo da língua...
Um hálito estranho dentro de si...
Que exala um cheiro...
(Cada um decide por si de qual se trata...)
Um cheiro de dor...
Estou inerme...
Sem tato...
Sem som...
Não mais cheiro...
Não mais ouvir...
Não mais o rir...
A morte é o sinônimo de existir...
O poema é sinônimo de viver...
Viver é poemizar o caos interno...
O cais enfermo...
O desespero...
E desesperança...
Uma criança que chora...
Dentro de cada um...
A infância perdida...
A vida sem fim...
Sem sim...
Sem não...
Assim...
Sempre...
Até a pouco...
(Quando um dos meus se foi...)

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