Não sei como se deu, foi chegando sutilmente,
Atraiu-me intensamente, com o poder de algo seu...
Não sei como se foi, foi saindo lentamente,
Agarrou-me seriamente com um olhar de brilho incandescente...
Quem sabe fosse a lua, ou quiçá fosse ela...
Se era minha ou se era tua, qual mistério a revela?
Qual força de brilho intenso, a sorte que hoje penso
Acompanha a graça de descobrir logo em ti, a resposta do fundo de mim...
Eu que jamais subestimei um desejo, mesmo quando a vontade era reticente
E até o silêncio era quase eloqüente, não deixava de imprimir um cortejo...
Jamais neguei a mim mesmo o jorrar de anseio que de dentro me vinha...
Nunca me permiti saltar de mim para fora... Nunca fugí-me de mim de pára-quedas...
Mas lembro-me de quando fiz do futuro horizonte perto...
E esqueci por alguns instantes de regar o momento...
Cultivando memórias que não me diziam ao certo,
Se tudo que eu plantei era frutos de pensamentos...
Seria insônia... Insânia... Infâmia... O caos aqui de dentro?
Haverei de regar-me à vida, ao mal, à liberdade e a tudo que julgam certo procedimento?
Inventei, agora, um dizer, uma palavra, um sentimento...
Um lamento profundo oriundo de minh'alma
Que pulsa no mais hostil estardalhaço
E eu palhaço que sou da fúria e calma
A cada espetáculo com meu oráculo me refaço...
A cada fúria, dada a penúria de ser o que eu acho...
Encaixo, a mim em minha mentira...
Afasto o espetáculo... Palhaço em aço me revelo...
Desfaço o novelo, mostro unhas e dentes... Enceno-me...
Aceno-te com mãos acanhadas e trôpegas
Tropeço em pensamentos e caio na real
E penso comigo se a coragem em que projeto abrigo
É a válvula de escape que me escapa no final...
Atropelo.
Apelo para um aconchego do indizível...
Rastreio sensações insanas e desapegos...
Meu abrigo que projeto é a coragem do desabrigo...
Digo.
Desligo a tomada do medo do trivial...
Transformo em moléculas de virtudes os átomos de meus vícios...
E desfiguro a aparência dessa minha figura...
Incendeio a auto-imagem decaída...
Brinco com fogo, qual criança a se masturbar...
Que se descobre matando a moral insossa dessa gente...
Dessa morte eloqüente que insiste em se manifestar...
Apago o fogo desse meu mar vermelho
Atravesso o oceano que vai dar na obscuridade
E vou despindo a moral que insiste em não morrer
Mas que se apavora diante de toda sobriedade...
É assim...
Cheguei mais perto de mim quando mais longe olhei...
Atravessei o oceano... A obscuridade é a luz...
A moral, a morte...
E a verdade? Quem sabe esteja para os mortos...
Que apesar da alma desvanecida pelo vazio
Sonham com a esperança de um dia retornar
Para o mundo que dilacerou sua matéria viva...
Esqueceram-se, de um dia, considerarem-se vivos...
E, na morte, morreram-se todos...
Agora, intentam voltar para ter o inalcançável...
Sonham, mortos, com a vida que nunca tiveram...
Mas eu, o que poderei contra esse poderio?
Vou atacando essa alienação com olhos de lança,
Antes, me implodo, e então, mostro meu engodo...
Arrasto para mim os seres e coisas que me são imprescindíveis...
Ataco com a agressividade do servo em poderio do senhor...
Puxo de mim para fora o que nunca houvera antes...
Deixo adiante de mim a força como instrumento de batalha...
Seduzo a voz inebriante do calor e da raiva oprimidas
E por fim, chego ao instante de voltar-me para o exórdio...
Ocupando cada lacuna que um mero desejo me fez abrir...
Depois de saber que todo o fim deixa um resquício que principia...
E que me faz descortinar outros caminhos que jamais pensei existir.
Atraiu-me intensamente, com o poder de algo seu...
Não sei como se foi, foi saindo lentamente,
Agarrou-me seriamente com um olhar de brilho incandescente...
Quem sabe fosse a lua, ou quiçá fosse ela...
Se era minha ou se era tua, qual mistério a revela?
Qual força de brilho intenso, a sorte que hoje penso
Acompanha a graça de descobrir logo em ti, a resposta do fundo de mim...
Eu que jamais subestimei um desejo, mesmo quando a vontade era reticente
E até o silêncio era quase eloqüente, não deixava de imprimir um cortejo...
Jamais neguei a mim mesmo o jorrar de anseio que de dentro me vinha...
Nunca me permiti saltar de mim para fora... Nunca fugí-me de mim de pára-quedas...
Mas lembro-me de quando fiz do futuro horizonte perto...
E esqueci por alguns instantes de regar o momento...
Cultivando memórias que não me diziam ao certo,
Se tudo que eu plantei era frutos de pensamentos...
Seria insônia... Insânia... Infâmia... O caos aqui de dentro?
Haverei de regar-me à vida, ao mal, à liberdade e a tudo que julgam certo procedimento?
Inventei, agora, um dizer, uma palavra, um sentimento...
Um lamento profundo oriundo de minh'alma
Que pulsa no mais hostil estardalhaço
E eu palhaço que sou da fúria e calma
A cada espetáculo com meu oráculo me refaço...
A cada fúria, dada a penúria de ser o que eu acho...
Encaixo, a mim em minha mentira...
Afasto o espetáculo... Palhaço em aço me revelo...
Desfaço o novelo, mostro unhas e dentes... Enceno-me...
Aceno-te com mãos acanhadas e trôpegas
Tropeço em pensamentos e caio na real
E penso comigo se a coragem em que projeto abrigo
É a válvula de escape que me escapa no final...
Atropelo.
Apelo para um aconchego do indizível...
Rastreio sensações insanas e desapegos...
Meu abrigo que projeto é a coragem do desabrigo...
Digo.
Desligo a tomada do medo do trivial...
Transformo em moléculas de virtudes os átomos de meus vícios...
E desfiguro a aparência dessa minha figura...
Incendeio a auto-imagem decaída...
Brinco com fogo, qual criança a se masturbar...
Que se descobre matando a moral insossa dessa gente...
Dessa morte eloqüente que insiste em se manifestar...
Apago o fogo desse meu mar vermelho
Atravesso o oceano que vai dar na obscuridade
E vou despindo a moral que insiste em não morrer
Mas que se apavora diante de toda sobriedade...
É assim...
Cheguei mais perto de mim quando mais longe olhei...
Atravessei o oceano... A obscuridade é a luz...
A moral, a morte...
E a verdade? Quem sabe esteja para os mortos...
Que apesar da alma desvanecida pelo vazio
Sonham com a esperança de um dia retornar
Para o mundo que dilacerou sua matéria viva...
Esqueceram-se, de um dia, considerarem-se vivos...
E, na morte, morreram-se todos...
Agora, intentam voltar para ter o inalcançável...
Sonham, mortos, com a vida que nunca tiveram...
Mas eu, o que poderei contra esse poderio?
Vou atacando essa alienação com olhos de lança,
Antes, me implodo, e então, mostro meu engodo...
Arrasto para mim os seres e coisas que me são imprescindíveis...
Ataco com a agressividade do servo em poderio do senhor...
Puxo de mim para fora o que nunca houvera antes...
Deixo adiante de mim a força como instrumento de batalha...
Seduzo a voz inebriante do calor e da raiva oprimidas
E por fim, chego ao instante de voltar-me para o exórdio...
Ocupando cada lacuna que um mero desejo me fez abrir...
Depois de saber que todo o fim deixa um resquício que principia...
E que me faz descortinar outros caminhos que jamais pensei existir.
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Poema escrito por mim e o amigo de codinome Heitor Idílio, aquele que tem a Alma de Poeta.
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