segunda-feira, julho 07, 2008

Fome















Sinto fome da fome que nos falta...
Da falta da fome que não mata...
Aquela que trata a vida como mata...
Como folhas e frutos que aliviam a falta...

Sinto fome daquela que mata...
Os grandes enfermos que vivem de morte...
Daqueles que em nada podem se proteger...
E pouco sabem o que podem fazer...

Sinto a fome nada passageira...
Que lenta se esgueira para matar...
Os famintos da fome que mata...
Que destrói a pouca vida ingrata...

Mato a fome da morte dos culpados...
Alimentando-me do poema por ora publicado...
Sentindo o cheiro asqueroso do sangue que escorre
Da face dos grandes desgraçados!

Malditos sejam os que da morte alheia beneficiam a si...
Malditos, os que capitalizam o sofrer alheio...
Que a foice da morte os acompanhem em suas reles vidas...
Que a vida de morte seja a morte de suas vidas!

Nenhum comentário: