Essa semana, na pequena cidade onde moro, ocorreu um assassinato de um marido à sua esposa. Este desconfiava que a mesma o havia traído. Este evento me fez pensar um pouco sobre como os indivíduos de nossa sociedade, em sua maioria, tem a idéia de que pessoas são objetos de posse para si. Causou-me um tanto de indignação, tal fato. Há, por certo, moralismos idiotas e hipócritas que intentam que absorsorvamos atitudes estranhas diante de tal aberração comportamental. Mas, afora estes, convenhamos, o sistema em vivemos, egocentrista, faz com que casais se entendam como se um fosse o dono do outro (uns mais do que outros), o que causa trágicas atitudes que bem que poderiam ser contornadas se tivéssemos uma autonomia e autoconhecimento, vinda de uma vida mais equilibrada, mais saudável. É como se o fato de comprarmos - compulsivamente - objetos, nos condicionasse a entender o outro - humano - como mais um objeto a ser possuído.
Ato: o ver.
Há 11 anos
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