segunda-feira, setembro 01, 2008

Era Insana

Insana idade...
Era insana aquela tarde...
E vi corpos caindo de lugares cada vez mais altos...
E os crânios que rompiam ao bater contra o chão...
E o sangue se espalhava sem limitação...
"Há algo errado com o sangue desta gente!" - Gritei.
Era óleo!
Derivado direto do petróleo...
Todos eles se contaminaram...
Com o vazio e a plena loucura do ódio...
Contra tudo o que é vivo...
Contra tudo o que é sangue vermelho...
Aqueles que se vêem, verdadeiramente, no espelho...
E todos eles mergulhavam no vazio...
Não por que desejavam o nada, pois criam tudo ter...
Mas por que perderam tudo, ao tudo ter...
Pois comiam cédulas de dólares ao café...
Molhavam-nas ao querosene ou gasolina ao chá da tarde...
Confesso ter ficado horrorizado e regozijado ao mesmo tempo...
Uma vez que aquela foi a tarde mais horrenda e linda...
Mais amante intensa da vida.