segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Quero Drummondear...



Disse-me um sábio, certa vez:
- "Ler poesia não cura dor de dente ou enxaqueca.
Mas aumenta teu mundo."

Poetizei...
Arriscar-me-ei a Drummondear, agora...
Saltarei a pedra ou a rodearei, quando encontrá-la...
Nada perguntarei a José-sem-nome...
Já não há o que perguntar.

Mas como Drummond, deixarei o amor se ensanguentar...
Que pule o muro.
Que suba à árvore.
Que escorregue e se estrepe!
Mais uma vez, alguém vê o sangue andrógino a escorrer.

Meus ombros já quase suportam o mundo...
O qual quase pesa tanto quanto a pequena mão de uma criança.
Tenho procurado, sim.
E sinto que estou perto.
Perto, não da "explicação (duvidosa) da vida",
Mas da "poesia (inexplicável) da vida".

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