quarta-feira, abril 01, 2009

A Resposta




Estamos aqui.
Somos desta hora.
Somos o que sentimos.
Estamos no agora.

Vamos pensar um pouco sobre nosso ser-no-mundo... Sinto que nossa sociedade, caótica por natureza, está buscando o caminho errado para lidar com a vida. Segundo Sigmund Freud, em seu "Mal Estar na Civilização", nossa civilização criou uma civilidade que ajuda a convivência, mas sempre há o que escapa... Penso que o escape não necessita ser sempre negativo, como violência, pedofilia, agressividade, etc. Podemos escapar da pressão civilizatória através da arte, do teatro, da música, da poesia. Manifestamos todos os dias o desejo de felicidade... Como? Numa mesa de bar com amigos, numa festa, numa igreja, numa religião, etc. Disto tudo, o que podemos concluir é que temos procurado "lá fora" o segredo para nosso equilíbrio. Penso que estamos errando. A felicidade não é comprada em tabletes nos supermercados, não está no que o outro faz de bom para conosco, não está em ganhar numa competição com o outro. Na verdade, está em tudo isto e não está. Está em tudo isto somente na medida em que perpassa nosso interior, nosso desejo pessoal. Nosso desejo deve sempre estar evidente nossas ações, ou estaremos fadados a viver a vida do outro. Seja num relacionamento de casal, seja no trabalho, nos estudos... Parece-me que o equilibrio se trata de algo pessoal, intransferível, indissociável, assim como a felicidade. Entretanto, como ela, o equilíbrio de um pode influir no equilíbrio do outro, ou pelo menos na equilibração (longe do conceito de Piaget...). Agora, a questão toda está na pergunta certa que devemos fazer a nós mesmos, aquela que dará conta de nosso desejo, de nosso ser, de nosso existir... A resposta? Bem, essa é de si para si.

Abraço a todos e a todas.

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