Aquele ser frágil...
Quase incorruptível...
Um santo, insano...
Aqueles passos trôpegos...
As mãos estendidas até ao vazio...
A ajuda e a doação grotesca...
O pão ao cego...
Ao doente...
Um poço de santidade...
Pura calamidade escondida...
Agressividade arredia...
Contida por olhares de compaixão...
Para onde foi aquela criança?
Medrosa em dançar...
Do corpo nunca pensar...
É a morte travestida de resignação...
De um calado ficar para não morrer sem admiração...
Como se a sorte fosse o olhar do outro...
Ah, esse grande Outro!
Se a morte fosse infligida sem ódios...
Fosse assegurada sem tremores...
Com a ajuda sólida da razão em asas...
Onde está aquela criança?
Foi-se?
Saiu-se sem ser percebida?
Duvido!
Tudo que ela queria era ser vista e apreciada!
Então, onde estará?
Não longe...
Está muito perto...
Não fugiu...
Está aqui...
Escondida...
Contida...
Mas respira sofregamente...
Como em falta de ar...
Quer respirar...
Quer sentir o pulmão trabalhar...
Quer, do corpo, usufruir...
Mas se esconde...
Quem entende?
Só ela mesma em sua plenitude pueril...
Contágio ardiloso...
De um corpo vil.
De um corpo vil.
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