Esse poema é dedicado a uma amiga gótica que tenho, a Lara.
Rosas negras...
Meu escuro jardim.
Banhado apenas pelo luar...
Entrecortado por densas nuvens.
A Natureza anuncia
O desabrochar do mais belo horrendo.
Em cada pétala, uma triste verdade...
A cada pétala que cai ao chão, uma dor...
Lancinante...
A alma não é o limite...
A alma não é o ponto máximo...
O limite é intangível!
Vejo algumas pétalas sendo conduzidas pelo vento...
Outras, recobrem o solo...
A escuridade já não é exótica...
É part... É o todo!
Pessoas curiosas se questionam sobre meu lindo jardim...
Elas passam... param... baixam a cabeça...
Retornam...
Tentam me perguntar... Não conseguem.
São meus olhos...
Eles mostram, falam...
Respondem perguntas ainda não elaboradas...
Prevê... Quebra e desarma...
Assim é o meu jardim.
Até quando esse brilho fosco?
Por quanto tempo mais sangrarei?
Chorarei...
Ato: o ver.
Há 11 anos
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