sexta-feira, janeiro 08, 2010

Onde Sou, Quem Estou

Desconfio dos caminhos fáceis...
Soam-me como atrativos de tolos...
Como o "pegar idiotas ambiciosos", em puro engodo.
Destruo as nobres fantasias todos os dias...
Matei todos meus deuses e heróis...
Sacrifiquei minha alma na inexistência vazia, o ôco.
Forcei até o limite e sei que ainda tem mais...
Não sei dizer "sim" quando o "não" é desafio...
E sei que dizer "não" é sempre um "sim", um breve "tchau" de dentro do navio.
Pasta a imbecilidade em largo espaço pueril...
Como burros andantes carregando o peso da subserviência...
Dos "encantos mil".
Sinto que dizer verdades é sacrificar a auto-imagem bajuladora...
O pior é que é a hipocrisia, da riqueza, geradora...
Arrependo-me de ter saído do útero da alienação.
Agora, tudo que tenho é coração rasgado...
Ao invés de "da seda, a rasgação"...
É triste, mas mais triste é o fim insosso...
Inodoro, inerte, imbecil, incapaz e indesejado.
Triste é morrer todos os dias...
Como se viver fosse a morte incessante...
Carrasco de si; a ilusão mortificante.

2 comentários:

Narrativas disse...

Suas palavras tem desenhos e significados que somente um hábil escritor seria capaz de trazer a luz.
Para escrever é necessário o caminho mais longo, o mais intenso, continuemos a trilhar.


'Desconfio dos caminhos fáceis...'


=)

Ricky Silva disse...

Estamos seres humanos e somos o caminho trilhado-trilhando? Quem sabe... O certo é que a cada dia descobertas são feitas... E a vida? Esta é por demais fascinante e surpreendente...

Depois de algum tempo passo aqui de novo pra deixar alguns rabiscos. Valeu meu irmão por este belo poema.

Abração!!!