sábado, abril 11, 2009

Estou Nublado


A chuva cai lentamente...
Olho para o céu...
Um lágrima escorre...
A chuva esconde...

À tardinha, o pensamento corre...
Lembro e esqueço de tudo...
O Sol, agora, quer se pôr...
Se escondeu o dia inteiro..
Mas deseja ir-se de vez...

No céu há um risco azulado...
O pouco que resta de luz...
Estou sentado na varanda...
Crianças correm, meu mundo está vazio...

Um vento leve, leva e lava almas...
Minh'alma, ainda chorosa, geme de frio...
O Sol fica mais escondido...
Um traço de escuridão se achega...
Um laço, um perdão, um abraço que se vai...

É a sorte de quem fica...
A saudade de quem vai...
A dor, que logo habita...
Não se habitua, se refaz...

Este é o sofrer poetizado...
Meu dizer, da dor, da angústia ao meu lado...
Este é o poema sofrível...
Alargo o passo em inércia...
Meu lasso.

2 comentários:

Narrativas disse...

O sol, assim como a alma tem a necessidade de ocultar-se de tempo em tempo.
A alma chora, os pés sangram e o mundo continua.
Tambem continua o relógio, correndo apático aos nossos sonhos e dores.
A dor do existir se mescla com a vontade imensa de viver.
Apesar de tudo a vida continua linda, e a alma se aprimora depois de cada inverno.
Belos constrastes.

Juneka disse...

Linda.. muito linda.

Me senti um a boba aqui, agora! rs

Abraços, vou vir aqui mais vezes! ^^